Revista do Turismo – Negócios e Eventos

Segundo a Organização Mundial do Turismo – OMT – comprar transformou-se em fator determinante na escolha de um destino turístico

O Turismo de Compras está se tornando um componente relevante em franco crescimento na cadeia produtiva do turismo, fator importante no resultado da escolha e em alguns casos, a motivação principal da viagem

O volume de compras realizado por turistas internacionais chamou a atenção de Convention Bureaux, Redes Hoteleiras, Companhias Aéreas e demais atores da Indústria do Turismo que já contemplam em seus planejamentos estratégicos, programas e ações voltados para a promoção de seus destinos para este valioso segmento do turismo internacional. Dentre as inúmeras estratégias de promoção, destaca-se o Programa de Incentivo à Exportação conhecido como Tax Free Shopping (TFS).

Pesquisa recente realizada pela Oxford Economics relata que os gastos estimulados pelo TFS no turismo sustentaram em 2019, 233.000 empregos e contribuíram com EU13,9 Bilhões com o PIB na União Européia, com estimativa de crescimento para EU17,3 Bilhões em 2025, gastos esses realizados por 10 Milhões de usuários.

Atenta à essa tendência de comportamento do turismo mundial, a Fecomercio encomendou pesquisa junto a turistas de várias nacionalidades no momento de embarque no aeroporto do Galeão e não se surpreendeu com os resultados obtidos. Ao identificar aspectos relativos à experiência de visitas no estado do Rio de Janeiro, dos 866 turistas entrevistados, 60,5% declararam ter realizado compras e 46,2% disseram que gastariam mais caso o país oferecesse o reembolso dos impostos como forma de incentivo à exportação. Esses possíveis gastos adicionais gerariam uma receita de US$198 Milhões ao ano.

No Brasil, 19 grandes entidades representantes da cadeia produtiva do turismo manifestaram apoio ao projeto que visa introduzir o Tax Free Shopping no País, projeto que conta também com o apoio do Ministério do Turismo e de secretarias de turismo estaduais. O Governo do Estado do Rio de Janeiro, visando obter a segurança jurídica necessário para aprovar lei que autorize tal implantação, protocolou modelo de convénio no Sefaz e aguarda resultado dessa consulta. Uma vez aprovado pelo Sefaz, estarão autorizados todos os estados interessados em oferecer essa competitividade ao setor de turismo, aderindo assim a modelo em operação em mais de 80 países.

Paulo Senise – Diretor, MonexPar
Diogo Bueno – CEO, MonexPar

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